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Shake de cocô!

Nós já estávamos rindo a beça lembrando do jeito que a Sueli (moça que trabalhou conosco assim que chegamos aqui em São Paulo), fala “Self Service”.
Depois, entramos por acaso em uma comunidade do Orkut, e nos escangalhamos de rir até a barriga nos avisar que já era hora de parar.
E quando relembramos do que nos aconteceu, aí é que não paramos de nos escangalhar.

  • Nós:
    Eu e minha irmã.
  • O jeito que a Sueli fala “Self-Service”:
    SÉUFI SÉUFICE
  • A comunidade:
    Corrigindo palavras na rua.
  • O que nos aconteceu:
    Conto em breve.

O fato, é que me identifiquei e muito com o título da comunidade, porque eu também faço isso.
E faço devido à uma professora do colegial, que um belo dia resolveu nos passar um trabalho cuja tarefa, era: achar erros de português na rua.
Podia ser qualquer coisa… outdoor, lojas, anúncios e etc…
Infelizmente não me recordo dos erros encontrados naquele dia.
Só sei que me diverti fazendo o trabalho!

Mas antes que eu fuja do assunto…

Tinha um tópico nesta comunidade, cujo título era: Qual foi o pior erro que você já viu?
Olhamos por alto, e selecionamos alguns que fizeram as nossas vistas se embaçarem de tanta risada!

Alguns:

  • Ecitétaras = Etc…
  • Manicure do PÉ!
  • Vende-se trem pra preto.
    (O anúncio falava sobre a venda de um carro TEMPRA PRETO).
  • Cuidado: Cães antes-social.
  • Cortamos cabelo e pinto!!
  • RestauOranti serve serv-se
  • Lãrrauze
    (Lan House)
  • DON PLAY LIX HERE!!
    (Pasmem! A pessoa quis dizer: “Não jogue lixo aqui.” Imaginem um grindo passeando pela cidade)…
  • Vendessi acerrola.
    (Vende-se acerola).
  • Mãodecuri e pé-de-CURY!!!
  • Rumual Ékissa.
    (Rumo ao Hexa).
  • Vende-se fioti de pudo e pinchi.
    (Pudo: Poodle ;  Pinchi: Pinscher).

Mas com absoluta certeza, a grande vencedora foi:

  • VENDE FRANGO-SE

E as lágrimas rolaram, fato!

O que nos aconteceu:

Uma vez, no Mc Donald’s de um shopping qualquer, a mocinha veio anotar o me pedido enquanto eu aguardava na fila.

– Oi, posso anotar o seu pedido?
– Pode, eu quero um Milk shake de côco, por favor…
– Ok.

E me entregou o papelzinho que veio escrito:
1 Shake de cocô!

Comecei a rir por dentro.
Um pouco depois, no caixa:

– 3, 20
– Ok, tá aqui…
– … Ô moço, posso ficar com o papel?
– Mas por quê?
– Ah, é que eu quero guardar… de recordação sabe… só isso!

Comecei a rir desenfreadamente.
Ele pegou o papel, olhou o pedido, e disse pra menina:

– Ô Renaaata, nós não temos esse sabor aqui!
– E aí, quer trocar?
– Por favor!

Lógico que guardei o papel!

E naquele dia, o Mc Donald’s, se resumiu em risadas.

A reunião dos fatos foi o suficiente para desenvolver sérias crises de gargalhadas altíssimas sufocadas por travesseiros durante a madrugada, e uma insônia feliz…

E aí vem as lembranças dos erros vistos nas ruas, dos seus próprios, os dos outros… enfim, acontece né…

Afinal, Herrar é Umano!

Eram muitas as árvores.
Uma maior que a outra.
O céu era borrifado de nuvens bem branquinhas.
O cheiro da natureza, lhe penetrava as narinas a cada vez que respirava fundo.
Talvez quisesse trazer consigo a sensação do frescor daquele instante, e resgatar as lembranças de sua infância.
Ou quem sabe, apenas alguma parte dela.

Sempre odiara o silêncio.
Dizia que a incomodava.
Mas lá, aprendeu a ouví-lo, e precisá-lo.
Descobrira que silêncio tinha um som!
E tinha mesmo!
Não era insana…
É que se trata de um som que poucos conseguem escutar.
Apenas os privilegiados.
E ela era uma.

Estava descalça, e sentia a ponta das gramas fazer-lhe cócegas nos pés.
Ria. Era boa a sensação.
De longe, ouvia os pássaros conversando entre si.
“Devem estar felizes, porque o dia está sorrindo para eles hoje”  –  ela pensava.

Sem se importar muito com a sujeira da terra e o pinicar da grama, deitou-se no chão, e brincou de revelar desenho nas nuvens…
Na verdade, não conseguira ver desenho algum, pois a claridade do dia era tão intensa, que quando tentava decifrar algo, sua vista logo se embaçava.
Lembrou apenas de um, que em um momento de folga, o sol lhe permitira ver…
Era um unicórnio. Um unicórnio com cauda de peixe, que parecia prostar-se à ela.
Achou estranho; mas pareceu gostar.

Cansada daquela claridade amarelada, recostou-se à sombra de uma árvore, e deixou que aquelas folhas tão vívidas, impulsionadas pelo vento, fizessem sua apresentação.
Uma linda dança.

Fechava e abria os olhos lentamente enquanto a suave música tocava.
Deixava a brisa passear vagamente por sua pele.
Sorria,
Podia escutar o bailar das folhas, no ar e no chão.
Percebeu o vento cochichar em seus ouvidos, que já estava na hora de ir, e que depois voltaria.
Ignorou-o.
Podia ouvir cada vez mais alto, o conversar e cantarolar dos pássaros…
Era um canto doce, mas eram muitos.
Cantavam com toda emoção que saía de dentro daqueles mínimos corpinhos.
E cantavam muito, muito alto.

Acordou com o despertador histérico, o estresse das buzinas , e os gritos do telefone.
Colocou novamente a cabeça em seu abundante travesseiro, e afundou-a,  anseando voltar o mais rápido possível para aquele lugar.
Um lugar que desconhecia.
Foi neste momento que descobriu qual é o som do silêncio que até então sempre odiara. 

O sopro da brisa, o bailar das folhas.
O sussurro do vento.
O andar das nuvens, as cócegas nos pés.
A mordida que dera em uma cereja.
O canto dos pássaros

Tudo isto era o silêncio.
O  silêncio, que em um ínfimo segundo aprendera a amar!

Eu quase não vejo televisão, e o pouco que vejo são a respeito de jornais, desenhos animados e filmes, mas mudando de canal, de repente o título nos chamou a atenção….

Ele quer saber se foi traído.

Aonde?
No programa da Luciana Gimenez, é lógico!

Estávamos eu e meus pais à caça de um filme, documentário, desenho, enfim…alguma programação interessante na televisão, (o que hoje em dia é raro), quando vimos uma loirona linda, alta, olhos verdíssimos, e um belo de um corpo que estava dentro de um chamativo vestido vermelho…
A moça de vinte e quatro anos estava com um semblante de quem estava querendo chorar e muito assustada com a situação, porque seu marido “Domingues”, beirando lá os seus cinqüenta anos de idade, queria saber se ela o estava traindo.

Situação: A moça trabalha numa loja de roupas de um shopping, e o novo gerente estava flertando descaradamente com ela, que por sua vez saía de casa meio largada, com calça jeans,  um moletom bem largo e cabelos desarrumados, mas quando chegava ao shopping, se tranformava…  trocava a simples roupa por um vestido lindo e decotadíssimo, se maquiava toda e arrumava o cabelo. Outra mulher!
Na hora de ir embora, fazia o inverso, alegando que ir embora a pé pra casa de salto, não fazia o menor sentido.
Lógico que o marido ia desconfiar…

O que o marido fez ao invés de conversar com ela primeiro?
Colocou uma detetive intrometida que mais parecia uma tranqueira atrás dela e expôs a situação pro Brasil todo ver…
E o gerente persistente dando em cima dela na cara larga…
Ela, ora ficara soltinha, soltinha, ora repreendia o rapaz.

E Gimenez, bancando a perita no assunto, como soubesse à respeito de tudo e todos na vida daquele casal, pois ao contrário do ditado, ela foi “super convidada” à meter a sua colher na briga do marido e da mulher…convite vip esse!

Enfim… sei que passaram-se vídeos e vídeos da moça no shopping , almoçando e indo no cinema com o rapaz que ela dizia ser GAY, mas que a julgar pelo vídeo, de gay não tinha absolutamente NADA!!

E ela tentava se explicar,
Ele não acreditava,
A detetive tranqueira só estimulava a briga,

E a Gimenez lá, toda posuda, mais parecendo o oráculo, com sua “super colher de strass”, mexendo onde supostamente não é para se mexer…mas não!
Ela pode, ela é “super pop”, é paga e bem paga pra isso!

Sei que no final, como não haviam provas de traição no vídeo, o casal estava de volta aos beijos e abraços, dizendo que se amam e que se perdoam…

Aí eu fico pensando…
Até que ponto essa lorota toda é verdade hein?

Nenhuma pessoa ia querer se expor, expor seu emprego, sentimentos, família e amigos a troco de nada.
Com certeza devem ser pagos para dar o showzinho que o povo tanto gosta.

E conseguem né?
Afinal, se o povão não fica com raiva, brigando com a televisão defendendo um de seus “prediletos”, pelo menos o enredo da história rende umas boooas risadas ao se desenrolar.

Certas pessoas merecem ganhar um troféu giganmeeenso pelas coisas que dizem…

Sábado fui ao aniversário de uma amiga, dessas do tipo irmã…
Conversando com sua mãe sobre vários assuntos, surgiu o tema: aniversário.
Sabem como é né… idade chegando, o desespero também…
De repente Raílda lembra do que lhe aconteceu em seu trabalho uma vez…

Ela foi contratada por uma dessas empresas onde geralmente só se trabalham com jovens… e ela é a única pessoa de “quase-idade” que trabalha lá, o que significa: É MUITO BOA no que faz!

Um dia, as “mocinhas” resolveram provocá-la, e começaram a conversar aleatoreamente coisas do gênero:

– Ai, sabe o que éééé… ontem eu tava vendo uma matéria em que se dizia que as empresas hoje em dia só pegam gente nova pra trabalhar, sabe…
– AÉÉÉÉ?? MAS POR QUÊ?
– É que velho só dá trabalho, só traz problema.

Lógico que pelo tom cínico e irônico, Raílda percebeu que o tema central da conversa era ela.
Então, simulou uma sorriso de leve como se estivesse pensando: “Senhor, onde eu fui me meter?! Olha o que eu tenho que aguentar!!”  E num tom nada cínico, nem irônico, porém muito superior disse àquelas meninas de corpos belíssimos e cérebro flácido:

– Meniinas, meninas, um dia vocês ficarão velhas também!
– É como meu pai costumava dizer…

– Quem não quer ficar velho, tem que morrer cedo”

O silêncio reinou na sala.

Clap, clap, clap, clap, clap!
A simplicidade da frase é demais!
Parabéns pra Raíldinha e por seu pai também!

Imaginem vocês a cara das meninas? háhá..
Se fosse comigo, não ia conseguir encarar a Raílda nos olhos normalmente, até eu pedir desculpas.

Diz aí…
Merece ou não um troféu hein?!
🙂

– Eu conheço um planeta onde há um sujeito vermelho, quase roxo. Nunca cheirou uma flor. Nunca olhou uma estrela, nunca amou ninguém. Nunca fez outra coisa senão contas.
E o dia todo repete como tu: ” Eu sou um homem sério! Eu sou um homem sério! ”  E isso o faz inchar-se de orgulho. Mas ele não é um homem; é um cogumelo!
– Um o quê?
– Um cogumelo!!

 

O PEQUENO PRÍNCIPE
( Antoine de Saint – Exupéry )

Quem leu o pequeno príncipe e disse que não passa de um “livrinho de criança”, de duas à uma…
Ou leu e não prestou atenção em absolutamente NADA, ou com o perdão da palavra, é burro mesmo!

É um livro para criança sim!
Mas a mensagem que está nas entrelinhas de Exupéry, é uma GRANDE LIÇÃO para os adultos. Uma grande lição mesmo!
Todos deveriam ler!!
Deixem de ser adultos por quinze minutos todos os dias.

E Feliz dia das crianças para todos nós!!

Em uma tal empresa onde um conhecido meu trabalha, aconteceu a seguinte situação:
 

– Uma tal empresa, Misael, Bom dia!
– EU QUERO FALAR COM A JAQUELINE.
– Bom dia, vamos começar de novo?
– … Uma tal empresa, Misael, Bom diia!
– EU QUERO FALAR COM A JAQUELINE.
– Hum…seguinte, vamos começar pelo princípio novamente…

E disse à mulher , paciente, irritada e beeeem pausadamente…

– UMA TAL EMPRESA, MISAEL, BOOM DIIIIA!!!!
– Posso falar com a Jaqueline?
– …
– Por favor.

E Misael disse na maior simpatia..

– Sim! É claro que a senhora pode falar com a Jaqueline… só um momento, por favor…

E transferiu a ligação.
.

.

.

As pessoas hoje em dia (com suas exeções), vivem tão preocupadas com bem-estar de seu próprio umbigo, esquecendo que é apenas uma cicatriz natural do ser-humano  que não fala, e que não sente.
Tem pessoas na vida, que gostamos de mais, outras que gostamos de menos, outras que vemos somente um dia para nunca mais…

É muito fácil ser educado com quem gostamos. Muito mesmo, pois há a afinidade, o respeito, e a reciprocidade de um sentimento.
Mas só porque uma certa pessoa não gosta da sua, não significa que precisa ser mal-educada(o) com ela… mesmo que não olhe em sua direção e não lhe dirija a palavra, não precisa disso!
Pois um dia, quando aquela pessoa tomar um rumo, jeito, ou apanhar da vida, o primeiro referencial de educação que ela vai lembrar, é o seu.

Pior ainda são as pessoas irritantemente mal-educadas por telefone, como o caso acima…
Por acaso elas sabem quem está do outro lado da linha?
Se sou eu ou você?
Se é uma pessoa fragilizada por uma doença terminal?
Se é o presidente da República?

As vezes  pode não parecer, mas o jeito com que falamos, pedimos e conquistamos as coisas podem acariciar ou calejar a nossa personalidade…

O que custa ser educado?
Não dói chegar em um local e cumprimentar as pessoas, mesmo que não tenha vontade de fazê-lo com um sorriso no rosto.
Não dói pedir licença para passar, de ajudar um idoso descer do ônibus,
De dar  lugar à uma gestante no metrô, ou dizer um obrigado diante de uma gentileza.
Não dói! É só abrir a boca, falar e pronto!

E não é pela questão de parecer o ser-humano mais efusivo da terra, mas sendo educada(o), as pessoas sentem-se bem com você, e melhor ainda… você se sente bem consigo mesmo.
E se as pessoas pudessem saber como isso é prazeroso…

Mas enfim…
É como diz uma frase que encontrei por acaso, de um autor que desconheço…

A educação enferruja por falta de uso.

Fui convocada à participar de um meme pela Júlia

Meme é tudo aquilo que se aprende por cópias descaradas a partir de outras pessoas… vai desde a troca de fraldas horrivelmentes odorizadas de bebês ou ao uso de milhares talheres para uma só comida, à coisas mais complexas, como por exemplo, filosofar debaixo de uma árvore pensando o que seria do verde se não fosse o azul, o amarelo e laranja, ou aprender japonês em braile, como já diz nosso querido Djavan…

Enfim…simplificando: “COPY AND PASTE” !
Alguém faz, você vê, gosta, pensa (ou não), e copia descaradamente!
Sendo assim… pessoas copiarão o que você copiou, e que supostamente já fora copiado, e que será copiado por outras pessoas, o que foi copiado por você… e assim a dose viral se espalha… deu pra entender né?

Moral da história: Os memes, são nada mais, nada menos do que as famosas correntes de internet que todo mundo odeia, com uma roupagem nova, e um nome mais “chic”, digamos…

O meme pelo qual fui convocada a participar, tem como regra…
1-) Escolher o livro mais próximo. Eu disse o MAIS PRÓXIMO.
2-) Abrir na página 161 e escolher uma frase aleatória.
3-) Passe e repasse
.

Por favor, não riam do livro que estava próximo à mim… hahah

Desimportante, claro, é o que quis dizer”, disse o Rei apressadamente, e continuou para si mesmo em voz baixa: “importante… desimportante… desimportante… importante…” como se  estivesse tentando descobrir qual das palavras soava melhor.

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS.
( Lewis Carroll )

E como não vou ficar sozinha nessa, convidos os amigos abaixo para um COPY AND PASTE também… hehehh

“Entre Aspas”
Louca.Mente
Nova Casa, Mesmo Morador
Carambolas Azuis
One Way Monoblogue

So… have fun!
^^

Estava voltando da casa de não sei quem, com um baita sorriso no rosto, toda boba-alegre.
Aí, no meio do caminho, encontrei um coral de gatos e cachorros super afinados que cantavam: “É devagar, devagarinho”, do Martinho da Vila… e quem regia este coral era um rato gordão de imensos bigodes.
Achei curioso, diferente… tive vontade ficar e apreciar a música, mas tinha que ir embora… e fui!

Andei um pouco mais, e alguém me chamou…
Era um pincel sujo da cor violeta…
Todo cheio de si, queria uma sincera opinião sobre sua obra de arte.
Quando me mostrou, quase não acreditei… ele pintava um arco-íris!
Sem pedir permissão ao senhor pomposo, eu escorreguei em seu arco-íris, e enquanto descia, vi coisas que não estamos acostumados em ver em nosso cotidiano, como por exemplo: Sorvetes com cobertura neon, um sol de óculos escuros, políticos trabalhando justa, sincera e árduamente, uma flor peruíssima de biquíni e notas musicais bailarinas.
Era tudo muito lindo!
Mas ao chegar no final do arco-íris, o amargo gosto da frustração tomou conta de mim, pois não encontrei o baú de tesouros, nem aquele monte de doces e muito menos o pote de ouro que estamos tão acostumados a ouvir pelas lendas da vida.
Ao invés toda esta porção de coisas boas, encontrei uma rua escura… e como não conseguia subir no arco-íris de volta, comecei a andar por ela.

De repente uma música dessas de filmes de bang-bang, de guitarras muito chorosas e gaitas resmungonas, que tocam no momento em que o bandido adentra ao local onde o mocinho se encontra, anunciando que a hora do duelo está há um segundo de acontecer, começa a tocar…
Mas ao virar para trás, ao invés de encontrar um cowboy, encontro um palito de fósforo com uma jaqueta de couro preta, óculos escuros, e de cabelo moicano, no maior estilo “bad boy” de ser…
Detalhe: Seu cabelo estava em chamas!

Ele me disse:

-Vem cá!

Eu respondi:

– Eu não! Tá doido? O que é que você quer?
– Eu quero te beijar!
– Você é um tarado?
– Nããooo…eu só quero te beijar!

– Mas aí você vai me queimar…
– Eu não ligo… vem aqui.
– Nããoo…sai de perto de miiiimmmm!!!!

E aí começou a fuga…
Era uma rua reta, longa, estreita e sem saída. Quando cheguei em seu final, o malvado palito me pegou de jeito e disse:

– Um beijo e nada mais, meu bem!!

Foi quando ele me colocou em pose de beijo de cinema e foi se aproximando.
E eu desesperada, chorava e gritava:

– Me laargaa…você vai me queimar…. SOCOOOROOOOOOOO!!!!

Ele se aproximava mais, e eu me assustava mais,
Ele dizia que não era nada demais, e eu achava que aquilo já era de mais,
Seu cabelo acendia cada vez mais,  a luz era forte demais!
Já não suportava mais…

– NÃÃÃÃÃÃÃÕOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!

… E na hora que gritei, acordei!

Nota: Este sonho eu tive quando tinha dez anos de idade.

Certa vez, à caminho da igreja, encontro Márcia e Julinha, que estavam indo pra lá também.
Márcia é uma ex-colega de trabalho, e hoje, uma amiga querida.
Primeiramente, nos comprimentamos apenas com olhares. Não daria para fazer melhor do que isso, devido às nossas posições de sardinhas enlatadas.
Ao sair do ônibus:

– Oi Má.
– Oi Líí… tudo bem mulher?
– Tudo em paz, graças à Deus, e com vocês?
– Tudo jóia!
– Que bom… oi Jú!
– Oi tia… ô tia Lídia, sabia que tem outra Lídia lá na escola?
– Ah é Jú? Que legal! Ela é sua amiga, ou é professora?
– Ah não prô… essa moça que a Jú tá falando, a sua xará, não é professora não. É a moça nova da limpeza… tá em experiência com a Núbia.
– Ahn, entendi… ih Jú, eu saí do colégio, mas você não escapou de outra Lídia… não teve jeito né?
– Hahahha… é…

– Ué… mas tia, ela não tem o seu rosto não!!

Vida Sanitária

Agora de manhã, enquanto eu tomava o meu café com a Elílde, ela solta esta constatação:

” – Ah, eu não queria ser um vaso não! “

É que eu lhe explicava sobre a desconfiguração intestinal que tive ao acordar…
Depois que ela foi embora, fiquei a pensar sobre tal assunto.

Assim como deve ser entediante ser uma árvore, pior ainda deve ser a vida de um vaso sanitário.
Imagina… além de também ser entediante por ter que ficar trancado num ambiente só, com aqueles azulejos frios, tem que aguentar aquelas bundas de vários tipos sentando em você toda hora.
E pior ainda deve ser a vida dos vasos sanitários de banheiros públicos…
Aqueles, sem tampa, cuja a porta, que são sua única privacidade, são rabiscadas por recadinhos obscenos…  isso quando ainda se tem o privilégio de ter uma porta.

Aí você ta lá quietinho, calmo… na sua, e de repente vem um ser com toda a boa vontade do mundo, e senta-se com todo o peso de sua bunda gorda em você, e em fração de segundos, ouve-se:

“ ROOOOOOOOOOOOOONNNNCCCC… ”

É aí que a lama se espalha!
São líquidos anais, orais, xixi… isso quando não resolvem te fazer de lixo também, jogando o papel sujo dentro de você, que acaba se entupindo todo… ou quando ainda acendem um palito de fósforo com a desculpa de que é para sair o mal cheiro.
Que desaforo!
Além de já feder à merda, fede-se também a pólvora…o que é uma química nada segura por sinal…
Fora que ainda tem que agüentar os roncos intestinais.
Sim, os peidos!
Credo!

Eu não serviria para esta vida não…
Viveria pedindo incessantemente para me banharem de um desinfetante floral bem cheiroso, ao invés de fósforo.

Mas enfim, alguém tem que desenvolver este papel  na sociedade, não é mesmo?
E ainda bem que não sou eu!

Sintaxe à vontade

"Todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser.
Todo verbo é livre para ser direto ou indireto.
Nenhum predicado será prejudicado;
Nem tampouco a vírgula, a crase, nem a frase, e nem o ponto final!
Afinal, a má gramática da vida nos opõem entre pausas, entre vírgulas; e estar entre vírgulas é aposto.
E eu aposto o oposto que vou cativar a todos, sendo apenas um sujeito simples!"


GALERIA NAGULHA

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Tem gente!

Sobre a Leitura



"Deve-se ler pouco e reler muito.
Há uns poucos livros totais, três ou quatro, que nos salvam ou que nos perdem.
É preciso relê-los, sempre e sempre, com obtusa pertinácia. E, no entanto, o leitor se desgasta, se esvai, em milhares de livros mais áridos do que três desertos."

Nelson Rodrigues


"Apenas se deveriam ler os livros que nos picam e que nos mordem.
Se o livro que lemos não nos desperta como um murro no crânio, para quê lê-lo?

Franz Kafka.
SOBRE A ESCRITA...

"O que é que eu posso escrever? Como recomeçar a anotar frases? A palavra é o meu meio de comunicação. Eu só poderia amá-la!"


"Devemos modelar nossas palavras até se tornarem o mais fino invólucro dos nossos pensamentos.
Sempre achei que o traço de um escultor é identificável por uma extrema simplicidade de linhas.
Todas as palavras que digo - é por esconderem outras palavras."


"Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir
Não sou pretenciosa.
Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando "...


"A palavra é minha quarta dimensão.
[...] escrever é o modo de quem tem a palavra como isca: a palavra pescando o que não é a palavra. Quando essa não-palavra - a entrelinha - morde a isca - alguma coisa se escreveu."


"Eu só escrevo quando eu quero. Sou uma amadora, e faço questão de continuar a ser amadora.
Profissional, é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever, ou então em relação ao outro.
Agora eu faço questão de não ser profissional, para manter a minha liberdade"

Clarice Lispector

ARQUIVOS

Folheie!

  • 31.242 Folheadas




"É somente pelo amaciamento e disfarce da carne morta através do preparo culinário, que ela é tornada susceptível de mastigação ou digestão; e que a visão de seus sucos sangrentos e horror puro, não criam um desgosto e abominação intoleráveis."

Percy Bysshe Shelley.

DOE-SE

Alegria!



Vida!